Assoladas pela maior catástrofe ambiental de sua história, mais de 2,3 milhões de pessoas já foram afetadas de algum modo pelos temporais no Rio Grande do Sul até agora. Segundo os dados da Defesa Civil do estado, o total de pessoas mortas ultrapassou os 150 e cerca de 100 pessoas estão desaparecidas. Infelizmente, tragédias humanitárias destas proporções cada vez mais se tornam comuns e o sofrimento humanitário é inevitável.
Os profissionais em identificação humana são fundamentais neste cenário e mais de 120 peritos papiloscopistas já atuaram nas 10 regionais do estado para devolver os corpos das vítimas às famílias. Dentre as inúmeras contribuições sociais dos Peritos Papiloscopistas está a de possibilitar a reunião de pessoas vivas ou falecidas aos seus entes familiares. Seja reconhecendo a identidade para devolver o ente vivo ao seio familiar ou mesmo dar a possiblidade da família poder enterrar o corpo de alguém que tanto significou na vida daquela são coisas que não tem preço.
Grupos vulneráveis são os grupos mais atendidos por esses profissionais. Pessoas que por algum motivo estão mais susceptíveis a desaparecerem: Pessoas em condições de rua; idosos; crianças; pessoas com problemas mentais ou cognitivas; pessoas inconscientes, refugiadas, entre outros. E os peritos em identificação humana são os profissionais que trazem um alento aos familiares pois fazem uma identificação rápida e inequívoca, além de custar menos. Isso ocorre através de dados biométricos (impressões digitais, palmares, plantares e através de biometrias faciais). Por meio das impressões papiloscópicas e de uma comunicação integrada entre os órgãos de identificação dos estados e a Polícia Federal, em breve tempo, Peritos Papiloscopistas conseguem realizar exames de comparação entre digitais, plantares e palmares, assim como também podem realizar comparações faciais, confirmando identidades e dados pessoais. Na Polícia Federal o profissional habilitado para este trabalho é o Papiloscopista Policial Federal.