A equipe de busca e identificação de vítimas do desabamento da ponte JK segue mobilizada para agilizar a liberação dos corpos encontrados. A força-tarefa, organizada pela Secretaria de Segurança Pública do Tocantins, está utilizando técnicas avançadas de identificação, priorizando rapidez e precisão no processo.O corpo mais recente identificado foi o de Rosemarina da Silva Carvalho, de 48 anos, que estava atravessando a ponte em um mototáxi no momento do colapso. Ela foi encontrada a 16 quilômetros do local do desabamento e teve a identidade confirmada graças às impressões digitais e ao uniforme de trabalho, facilitando o reconhecimento.
Processo de Identificação
Segundo Vander Arruda, papiloscopista do estado do Tocantins atuante na força-tarefa, o trabalho está dividido em três etapas principais:
Identificação Papiloscópica: Análise das impressões digitais coletadas nos corpos e comparação com registros civis, como carteiras de identidade e habilitações. Essa é a etapa inicial e, até o momento, tem apresentado resultados eficazes e rápidos.
Análise Odontológica: Em casos onde a identificação digital não é possível, a equipe recorre à avaliação da arcada dentária das vítimas.
Exames de DNA: Quando as duas primeiras etapas não são suficientes, exames genéticos são realizados para confirmar a identidade. Esta é a etapa mais demorada, mas essencial em casos mais complexos.
Arruda destacou que, apesar de os corpos estarem submersos, as impressões digitais podem resistir por um período prolongado, permitindo identificações precisas mesmo dias após o incidente. “Estamos conseguindo realizar os trabalhos com muita agilidade, especialmente nos casos mais recentes, em que as condições dos corpos estão preservadas”, afirmou.
A força-tarefa conta com profissionais de Araguaína e Palmas, garantindo apoio logístico e técnico para a operação. Além disso, foram acionados bancos de dados de outros estados para consulta de registros e comparações rápidas. Esse planejamento e organização, incluindo a colaboração com o setor de papiloscopia de outros estados, é fundamental para agilizar o uso de mais informações e comparativos quando necessário para identificar os corpos.
Desafios Futuros
Com o passar do tempo, o processo de identificação pode exigir técnicas mais elaboradas, como manipulação de produtos químicos para recuperação de impressões digitais degradadas. Contudo, Arruda reforça que a equipe está preparada para lidar com esses desafios.
Conclusão
O trabalho da força-tarefa exemplifica a importância da papiloscopia e da organização técnica na identificação de vítimas em desastres. A agilidade na liberação dos corpos proporciona alívio para as famílias afetadas, enquanto os profissionais seguem mobilizados para garantir a precisão e dignidade no processo de reconhecimento das vítimas.
“A ABRAPOL se solidariza com a dor das famílias das vítimas ao mesmo tempo que parabeniza os profissionais envolvidos na identificação dos falecidos. Neste momento de dor, poder enterrar os entes queridos alivia um pouco o luto” ( Presidente da ABRAPOL ).