Dois casos recentes ilustram a importância da atuação técnica e dedicada dos peritos da Polícia Técnica da Bahia na elucidação de crimes e na identificação de vítimas. Em Ilhéus, a expertise dos profissionais da Coordenadoria Regional da Polícia Técnica reforçou, mais uma vez, como o trabalho técnico-científico é essencial para a segurança pública e a efetividade da Justiça.
No primeiro caso, o perito técnico Diego Messias identificou um indivíduo que havia se apresentado com nome falso ao ser detido pela polícia. Sem portar documentos, o suspeito forneceu informações falsas ao delegado e ao próprio perito. Contudo, ao realizar a coleta das impressões digitais e consultar o banco de dados biométrico, sua verdadeira identidade foi confirmada.
A descoberta foi prontamente comunicada à autoridade policial, que encaminhou os dados ao juiz responsável. Inicialmente, havia a intenção de liberar o detido, mas, diante da comprovação de falsa identidade, foi decretada sua prisão preventiva. Um exemplo claro de como a ciência forense aplicada pelas impressões digitais impede fraudes e fortalece o sistema penal.
Já no segundo caso, um corpo carbonizado encontrado na zona rural de Ilhéus foi identificado com rapidez graças ao trabalho conjunto dos peritos técnicos Alessandro Seára, Diogo Francisco e Gleidson Araújo. Após o isolamento do dedo polegar direito da vítima, foram aplicadas técnicas de limpeza e secagem para possibilitar o registro das impressões digitais por meio de fotografia digital. A comparação com os registros do Instituto de Identificação Pedro Mello (IIPM) permitiu a identificação da vítima no dia seguinte à remoção do corpo, possibilitando a liberação para os familiares com dignidade e celeridade.
Ambos os procedimentos seguiram rigorosamente os protocolos técnico-científicos, demonstrando a eficiência e sensibilidade da necropapiloscopia como método seguro e confiável de identificação humana pós-morte.
Nota
Na Bahia, os profissionais responsáveis por esses procedimentos atualmente são denominados peritos técnicos. No entanto, há um movimento em curso buscando o reconhecimento formal da nomenclatura “peritos papiloscopistas”, em conformidade com as atribuições efetivamente desempenhadas por esses servidores.
A tramitação legislativa sobre o tema está em andamento na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Para saber mais, acesse a matéria oficial:
🔗Assembleia Legislativa da Bahia discute mudança de nomenclatura para peritos técnicos da Polícia Técnica
