O trabalho de identificar as 62 vítimas do recente acidente da queda do avião Voepass começou ainda dia 09 de agosto (dia do acidente). Os peritos oficiais da polícia federal dando apoio e juntamente com os papiloscopistas da Polícia Civil do estado de São Paulo ainda não têm uma previsão de quanto tempo vão precisar para identificar todas as vítimas, porém será mais rápido do que no ano de 2007, no acidente da TAM, quando atuaram de forma eficiente.
Uma equipe da Polícia Federal composta por Peritos Papiloscopistas especializados em desastres em massa se deslocaram até São Paulo, juntamente com uma equipe local do Núcleo de Identificação/PF daquele estado. Com os números do RG e do CPF, consegue-se identificar a qual estado buscar o prontuário civil da pessoa. Acessando o banco de dados de cada estado, as autoridades podem obter mais dados das vítimas.
“A grande maioria dos estados hoje já tem o sistema chamado AFIS, que é o Automated Finger Print Identification System, que faz uma busca no banco de dados”, explica Mauricio José Lemos Freire, diretor do IISP ( Instituto de Identificação de São Paulo. “O papiloscopista vai determinar se aquela impressão digital colhida pertence realmente àquela pessoa, de que nós temos a ficha datiloscópica”, afirma Freire. Em alguns casos, explica ele, a identificação é feita visualmente.
Os papiloscopistas também podem fazer a identificação por meio de sinais particulares ou tatuagens. “Nós temos identificação pelo próprio reconhecimento facial. Fotos da risada envolvem os dentes, características do dente e pontos de identificação podem ajudar”, diz Vladimir dos Reis, do IML de SP.
Quando os papiloscopistas já tentaram todos os métodos dos quais são qualificados e não tiveram sucesso para identificar daí o teste de DNA é feito em último caso pelos peritos criminais da polícia federal (que atuam também como peritos oficiais da união, assim como os PPFs anteriormente descritos).
A ABRAPOL se solidariza com a família das vítimas, ao passo que parabeniza estes nobres profissionais que se dedicam com excelência ao seu trabalho, tanto da PF como da PC de São Paulo que unidos estão identificando as vítimas, enfrentando condições adversas para identificar a todos e amenizar a dor das famílias que podem finalmente enterrar seus entes queridos.