Fazer da profissão uma missão a serviço da sociedade tem sido a marca dos Peritos Oficiais Papiloscopistas de Mato Grosso do Sul. Mesmo diante de cenários extremos e adversos, esses profissionais têm demonstrado compromisso, técnica e sensibilidade ao garantir a identificação humana, seja em casos de desaparecimento ou de corpos gravemente mutilados.
Um dos episódios mais recentes que evidenciam a relevância da atuação papiloscópica foi a identificação oficial, em curto espaço de tempo, de um caseiro no Pantanal, cujo corpo havia sido destroçado por uma onça. A equipe utilizou com sucesso a necropapiloscopia, técnica que consiste na identificação de cadáveres por meio da análise das papilas dérmicas — estruturas responsáveis pelas impressões digitais. Trata-se de uma área da perícia forense que aplica métodos padronizados e cientificamente validados para a identificação post mortem.
Outro caso emblemático ocorreu no ano passado, quando uma vítima sofreu uma descarga elétrica de alta tensão em uma subestação de energia em Campo Grande, resultando na completa carbonização do corpo. Embora a complexidade do caso tenha gerado dúvidas iniciais sobre a possibilidade de identificação, a experiência e o conhecimento técnico do Perito Papiloscopista foram determinantes para o êxito do trabalho. Aplicando protocolos específicos e reagentes químicos para regeneração de tecidos, foi possível recuperar parcialmente as impressões digitais, garantindo assim a identificação oficial da vítima.
Segundo Danielle Bueno, presidente do Sindicato dos Peritos Papiloscopistas de MS (Sinpap/MS), o comprometimento com a sociedade é o que motiva a superação das adversidades.
“Trabalhamos com determinação e, quando chamados para servir, encaramos os desafios como missões a serem entregues em favor da sociedade”, afirma.
Danielle destaca ainda que, mesmo em casos extremos, a perícia papiloscópica é capaz de oferecer respostas confiáveis. “Esse trabalho comprova que é o Perito Papiloscopista o profissional técnico-científico capacitado para avaliar, com precisão, a viabilidade da identificação, mesmo em condições extremas.”
A papiloscopia e a necropapiloscopia são ciências exatas com alto índice de eficácia, baixo custo e grande agilidade na entrega dos resultados. Diferentemente de outros métodos de identificação que podem exigir amostras de DNA, demorar semanas ou envolver altos custos, a identificação papiloscópica se mostra eficiente, acessível e humanitária — oferecendo uma resposta digna às famílias enlutadas.
A ABRAPOL parabeniza os colegas de Mato Grosso do Sul pelo profissionalismo, dedicação e competência técnica, que demonstram, na prática, a importância insubstituível do Perito Papiloscopista na segurança pública brasileira.
“Parabéns aos colegas de MS por honrarem nossa categoria com tanto compromisso, técnica e humanidade. Casos como esses evidenciam que, mesmo nos momentos mais desafiadores, o olhar científico e o coração em serviço da sociedade caminham juntos. Que o exemplo desses profissionais inspire toda a nossa carreira.” — PPF Régis, Presidente da ABRAPOL.
