Um paciente, sofrendo por uma dor emocional transfixante, disse-me: “viver significa somente suportar a dor”. Talvez, sem notar, ele usou um dos conceitos existencialistas mais aprofundados. Viver é isso mesmo. Viver é suportar. Suportar a dor que, infelizmente, acontecerá. Ela, a dor emocional, dará suas cartas na vida de todos. Daí, uso novamente as artes marciais para me comunicar. Um amigo e professor querido, que o tatame me presenteou, certa vez, me disse: “lutar é resistir”. Resistir a pressão. Resistir ao abafa. Resistir aos momentos delicados e desconfortáveis. Resistir aos momentos em que a derrota se desenha. Resistir e não se submeter. Resistir e não bater. Resistir e lutar até o limite. Resistir e suportar. Resistir para reverter a situação. Tal qual a vida, que nos traz muitos sofrimentos, a luta marcial se assemelha. Viver vai além de suportar a dor. Viver é lutar a despeito da dor. Viver é lutar mesmo que exista dor. Viver é continuar mesmo que a dor de uma derrota nos atinja. Viver é, também, não se submeter. Se estamos amassados por uma condição que nos quebre, poderemos e deveremos tentar revertê-la. É puxar a filipeta de ar, a despeito do estrangulamento da vida estar encaixado, aliviar a pressão e voltar para a luta. Viver é continuar apesar da vontade de desistir. Por mais que, por vezes, queiramos, não desistiremos. Na luta marcial, não cabe a palavra “desistir”. Então, meu caro leitor, use isso na sua vida. Eu sei que muitas vezes dói, mas, por você, não desista. Eu sei que a dor lateja e sufoca, mas, por você, não se submeta a ela.
Régis Barros
Formação acadêmica:
Graduação em medicina pela Universidade Federal do Ceará.
Residência médica em psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
Residência médica em psicoterapia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
Especialização em Psiquiatria Social pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
Título de especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
Especialização em Psicoterapia de Grupo pelo Instituto Enrique Pichon-Riviére de Ribeirão Preto.
Mestre em Ciências Médicas com área de atuação em Saúde Mental pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
Doutor em Ciências Médicas com área de atuação em Saúde Mental pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
Experiência profissional (vínculos anteriores)
Psiquiatra do CAPS ad de Ribeirão Preto – SP
Psiquiatra da Prefeitura Municipal de Serrana – SP
Psiquiatra do Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Preto (Hospital Santa Teresa)
Psiquiatra do Ambulatório de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Unidade de Álcool e Drogas)
Psiquiatra do Hospital Geral de Brasília
Psiquiatra da Coordenação de Saúde da Presidência da República.
Experiência profissional (vínculos atuais)
Psiquiatra da Secretaria Psicossocial Judiciária do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Professor do Curso de Medicina do UniCEUB.
Médico Psiquiatra da enfermaria de psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal.
Preceptor da residência em psiquiatria no Hospital de Base do Distrito Federal.
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“Valorizamos as pessoas, assim como os profissionais legitimamente e na prática preocupados e comprometidos com o ser humano” (PPF Régis Rêgo – Presidente da ABRAPOL)